sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Finjamos que meio ano é muito tempo, demasiado tempo.

Finjamos que está tudo bem. Finjamos que a vida não se desmorona um pouquinho mais a cada segundo que passa. Finjamos que as decisões dependem apenas da nossa vontade, e que o resultado do que fazemos é directamente proporcional às nossas acções. Finjamos que já chega, que já me fartei e já desisti. Finjamos que não espero uma chamada tua por qualquer motivo, a qualquer hora. Finjamos que não me preocupo com o facto de tudo isto ser só a fingir. Finjamos.


Não finjo quando digo 'Adeus'. Até um dia.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

My shame



still thinking it could work.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009




Guardas o teu pequenino segredo a sete chaves com medo que alguém descubra
o que já toda a gente sabe.




(you don't always get what you give. oh no.)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Grito.

Não tenho paciência para ouvir os outros, não tenho paciência para viver, não tenho paciência para morrer, estou aqui, parada, num desequilíbrio interminável, nunca mais acabo de cair, irrito-me se me falam, sofro se me não dizem nada, odeio o gesto caridoso: a mão de alguém nos meus cabelos, o que eu quero é uma voz que me queira, um momento de descanso nessa voz.


Grito, Rui Nunes

vida?




A sua vida condensava-se naquelas páginas. Toda a sua existência podia ser resumida em poucos milhares palavras. Palavras frias, mudas, inócuas. Mortas. Como ela própria naquele momento, perdida por entre a solidão do passado. E tudo podia acabar naquele preciso segundo. As palavras poderiam deixar de ter qualquer sentido. Bastava querer...

Junho 2006

Juntaram-se a essas muitas mais. Blocos foram começados e acabados, muitos deles deixados a meio. Uma forma de começar novas etapas. Todos eles condensam a vida em palavras que se mantêm frias, mudas, mortas. Palavras que são ciclicamente as mesmas ou muito semelhantes. Não me consigo resolver. Ainda não me consegui resolver. Talvez nunca venha a conseguir. E depois de todo este tempo algo importante se mantém. Tudo pode acabar neste preciso segundo. Basta querer.

domingo, 29 de novembro de 2009

Há alturas e lugares em que inexplicavelmente me sinto em casa.

terça-feira, 24 de novembro de 2009



They say you will get it someday. They say you will realize it when you're ready and we will be happy. The thing is: I can't wait. Not the amount of time that you need. Not now.
Deixo-me ficar mais uns minutos na cama, tentando-me convencer que o sonho é real - e que a realidade não é mais do que um simples pesadelo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

-.-'

Desde as 3 da tarde que na minha cabeça só se ouve 'piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii'. É o meu lado inocente a censurar todos os nomes que te chamo.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Empty Apartment

It's okay to be angry and never let go
It only gets harder the more that you know


And I know how it feels to walk out on your own

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

R.

'Não te esqueças que é possível ser feliz sozinho, miúda. Não precisas de nenhum enfermeiro de meia tigela para te fazer feliz.'

R.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

birra.

Odeio creme de cenoura com pedaços de batata e cenoura.

Quero ir para casa.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Preciso de pegar na máquina fotográfica e ir passear. Preciso de fotografias para acompanhar uns excertos de livros que encontrei.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Hoje adormeci no metro, algures entre o Saldanha e Olaias. A carruagem ia quase vazia, fechei os olhos e sem me aperceber adormeci. Acordei com o teu cheiro e um toque no ombro. Sorri. Abri os olhos e vi um senhor de quase 60 a anos à minha frente. "Menina, é o fim da linha, tem de sair". Agradeci, peguei nas minhas coisas e saí a correr.

Acho que este ter sido um dos grandes momentos das últimas semanas diz muito sobre a minha vida.

sábado, 7 de novembro de 2009

Mudanças.

Há uma altura na vida em que olhamos para nós mesmos e percebemos que algo não está bem. Há já algum tempo que ando a sentir isso: que não sou quem quero ser e que não ando a fazer o suficiente para o passar a ser. Justifico muito disto com a falta de tempo quando na realidade se deve muito a falta de vontade e confusão nas prioridades. Numa palestra de hoje o ilustre Prof. João Lobo Antunes disse que um dos melhores conselhos que lhe foi dado durante a vida académica foi "Não perca tempo em conversas". Num primeiro momento achei tal frase ridícula, até porque o que é uma pessoa sem conversas? Até que me apercebi do tempo que eu gasto por dia em conversas. A queixar-me da faculdade, da vida em geral, a falar do tempo, do passado, do futuro,... E apercebi-me que muito desse tempo é passado ligada ao MSN (ainda que a aparecer como offline) e ao facebook. Por isso tomei a decisão de deixar de usar quer uma coisa quer outra, pelo menos até ver. Mas continuarei a ver o email, a atender o telemóvel e a estar por aqui :) Este é o primeiro passo para a mudança. Quanto aos outros ainda estão para decidir. Vou deixar passar estes dias de grande trabalho para depois pensar nisso. E agora vou-me deixar de conversas e vou mas é estudar Histologia.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Quem não evolui é estúpido.

O ser humano, fazendo parte da Natureza, está em constante mudança. Gostamos de pensar que as mudanças são sempre para o bem. Que nos limitamos a perder defeitos e a ganhar qualidades. Não é verdade. "Quem não evolui é estúpido." E quem evolui para um ser pior? E quem mantém aqueles defeitozinhos aceitáveis e vai buscar mais uns quantos para a colecção? Não é esse mais estúpido do que o que se mantém na mesma? Às vezes, muitas, não consigo perceber as pessoas. E dou por mim a olhar para pessoas que pura e simplesmente já não reconheço, a sentir a dor de pessoas que já não são as minhas.

E a pergunta que inevitavelmente surge é: Será razoável continuar a amar as pessoas pelo que elas foram e não pelo que elas são?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

You see suns that never were and stare at skies that don't exist. You listen to songs that were never played and read books that were never written. And your mind is so beautiful and full. But I'm glad it's not mine.


Não imagino o quão complicado deve ser viver dentro da tua mente. Às vezes.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Às vezes gosto de fazer chocolate quente, pôr uma qualquer música de Diana Krall e fingir que está tudo bem.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

BD


Nunca fui muito fã de BD, mas sempre adorei esta.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Recuperas do fundo do baú o sorriso de plástico que tinhas guardado há anos.
Assenta-te que nem uma luva.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A vida é dificultada até ao extremo. Até àquele extremo em que me sento com a cabeça apoiada nas palmas das mãos e grito por dentro até não poder mais. Chamo por ti e não me ouves. Preciso que me digas que tudo isto vale a pena. Que estamos aqui por alguma razão e que um dia vou ser quem quero ser. Ou que estejas calado e me deixes simplesmente apoiar a cabeça no teu ombro e chorar.

Se de algum modo também precisas de mim, por favor, vem ter comigo. Deixa-me sentir o abraço que nunca te dei e ouvir dos teus lábios que vai ficar tudo bem.

domingo, 25 de outubro de 2009

A vida não pára para nos ver partir.







quinta-feira, 22 de outubro de 2009




Por vezes apetece-me mandar a vida à merda, virar as costas e ir embora. Se ao menos isso não fosse desistir...




(foto by Pedro Santos, o fotógrafo do momento)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Tempo

Há já algum tempo que ando a dizer que o Tempo logo dirá.

Honestamente começo a pensar que talvez seja mudo.

domingo, 11 de outubro de 2009

Sabes duma coisa, devias arriscar mais.

(Foram aqueles que arriscaram tudo que perderam tudo. Quem joga pelo seguro pouco tem a perder.)

sábado, 10 de outubro de 2009

Senti(dos):

Visão. Audição. Olfacto. Tacto.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"There’s a point in life when you get tired of chasing everyone and trying to fix everything, but it’s not giving up. It’s realizing that you don’t need certain people and their crap"

reblogged via
Hopelessly Lovedrunk.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Pontes vs. Muros

Criticam-se muitas vezes as pessoas que construem muros à sua volta em vez de pontes. Hoje sinto-me feliz por ter apenas construído um muro e lançado uma escada de corda. A escada recolhe-se facilmente e o muro sempre serve de suporte. Se fosse uma ponte talvez tivesse de usar dinamite. E o risco de ruir seria muito maior.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

I look forward to spend my Sunday mornings with you :)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Começar de novo.

Está na altura de começar de novo. O ano lectivo 2009/2010 está aí, já cheio de objectivos e promessas, tanto académicos como pessoais. Vai ser bom.

E antes que comece o ano atrasada vou-me arranjar. Um bom dia para todos :)

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Ando com uma vontade estranha de organizar as coisas para o início das aulas.

Deve ser Gripe A.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

:)





Porque até nos dias maus ter uma miniatura de pessoa a puxar-nos a camisola e perguntar: 'Inês, é esta a cara de cavalo-marinho?' nos faz sorrir. :)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Adeus I

Telefonei à tua mãe ainda não eram 8 da manhã. Com uma voz envergonhada sussurrei ao telefone: 'Dona C. preciso mesmo de estar com ele.'. Até a tua mãe percebeu a importância da conversa que precisava de ter. Cheguei a tua casa vinte minutos depois. Tinhas acabado de acordar. Tiveste apenas tempo para escovar os dentes e vestir uma t-shirt, aquela de que sempre gostei. Enquanto tiravas os cafés, olhei para ti e sorri. (Como pude deixar-te 'fugir'?) Sentei-me no sofá onde tantas vezes estiveste tantas horas ao telefone comigo. As tuas mãos tremiam; deixaste cair o açúcar todo no chão. 'Não te faz falta, diga-se.'. Risos. 'Vou sentir saudades disto.', disse, por fim. Olhaste para mim como nunca tinhas olhado. Acho que foi nesse momento que percebeste que me ia embora. Que já não era um plano maluco que não ia sair do papel. Há tanto tempo que to tinha dito que o ia fazer, que te tinha dito o dia e a hora do voo, que te tinha dito. Acho que foi nesse momento que percebeste que eu ia mesmo para não sei quantos quilómetros de distância (demasiados, demasiados). Calámo-nos. O pensamento em excesso de velocidade, sem dúvida alguma, e os lábios fechados. Falei então da noite anterior, perguntei como tinha sido, o que tinhas feito, se tinhas estado com mais alguém. (tudo menos pensar no que vai acontecer nas próximas horas, por favor.) Silêncio. Continuámos a falar sobre nada. Um quarto de hora, vinte minutos, vinte e cinco, o toque do telemóvel - já cá estou fora à tua espera. Levantei-me, peguei nas duas chávenas e lavei-as num instante. A água estava demasiado quente, o cheiro a café, os patos na janela da cozinha, o tapete amarelo, o teu cheiro, o telemóvel a tocar de novo, o som da tua respiração, a água a correr lá fora, uma lágrima a nascer no canto do meu olho. (Está na hora.) Vais voltar, não vais? (Não. Se lá ficar já não volto; umas visitas de quando em vez, mas voltar não.) 'Claro que vou, J... No Natal estou cá, não falta assim tanto tempo'. Desviaste o olhar como que a imaginar o tempo que era, os meses, os dias, as horas. Quando saímos as nossas mães estavam à conversa. Então sempre vais mesmo, Inês., disse a tua mãe. (Sempre gostou de mim. Sempre. Por ela, tudo teria sido diferente. Por mim também.) 'Sim, dona C. Sempre vou mesmo.' A tua mãe abraçou-me. A tua mãe abraçou-me. E tu estavas lá, parado, a olhar para nós. Não me abraçaste. Não me abraçaste, porra! Eu podia ter ido embora para o fim do mundo, sozinha e o meu melhor amigo não me abraçou. Deste-me um beijo na cara, igual a tantos outros que já me tinhas dado (sejamos honestos, já tivemos beijos bem melhores), passaste-me a mão na cabeça e sussuraste Tu vais voltar. Fiquei com um 'amo-te' preso na garganta. Fiquei com o amo-te mais sincero e mais oportuno que algum dia podia ter dito preso na garganta. E limitei-me a sorrir.

Dois minutos depois recebi uma mensagem no telemóvel. Não sou bom para despedidas. Não que isto seja uma, mas prontos. 'Não é prontos, é pronto'.

sábado, 5 de setembro de 2009

Life isn't a story

And you keep whispering the same story to yourself "I'll be unhappy now because that'll make me happy later. Because that's how a story works." So your happiness will always happen later, never now. Life isn't a story. Life is chaos.

I wrote this for you

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Tentas resolver os problemas alheios para ver se esqueces os teus próprios. Mas quando te vês sozinha numa carruagem com um destino que não é o teu, chove. E as nuvens não são senão tuas.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

~

O sol aquece-me as costas. Ao fundo ouve-se a maravilhosa voz de Diana Krall. Tento identificar a música. Sei o álbum, mas não recordo o nome da música. Esqueço o assunto e passo a olhar fixamente para um pássaro que vai roubando migalhas a um pão abandonado numa das mesas. Que luxo.

Falam do que não sabem. Falam da morte. Criticam. Já não posso mais. Alheio-me da conversa. Penso na viagem que tenho pela frente. No calor que vou apanhar. Vou a dormir, passa mais rápido. O problema é que não é uma pessoa estruturada. Não soube lidar com a doença. Apetece-me gritar. Mas alguém sabe lidar com a doença? Alguém sabe lidar com a morte? Não pediu ajuda quando precisou. E nós não não estivemos lá, porra! Não estivemos! Só quando a morte nos bateu à porta é que percebemos. Que era importante. Cometemos um erro, sim, vocês também! Deixem-se dessas psicologisses de merda, pá! Fez o que pôde. Não é fácil perder tudo. Como não percebem isso? Claro que não é estruturado! Experimentem construir uma vida durante dezenas de anos para depois descobrirem que é um castelo de cartas. Um rabanada de vento. E puff. Foi-se tudo. Uma vida. Tentem manter-se inteiros assim! Sim, talvez não tenha tomado as decisões mais correctas. Mas mande a primeira pedra quem é perfeito. Exacto. Há muito tempo que eu previa isto. Já sabia isto há muito tempo. E fizeste alguma coisa? É muito fácil falar agora, que o mal já está feito. E não me venham com a questão da educação. Não me falem dos princípios. Quando a vida te destruir tudo o que construiste vem falar comigo dos princípios. Vem-me falar em ter calma. Vem. Nessa altura ouço-te. Mas não fales assim dos outros. Está uma vida em jogo, porra! E tudo o que fazes é falar do que não é perfeito? É falar do que não tem remédio? Não é assim que deve ser. Vi a morte de perto. Não é bonito. E sermões não ajudam. Acham que não sabe o que fez de mal? Que não sabe que está assim por sua causa? Sabe. Não deve pensar noutra coisa. Por isso o que me apetece dizer é já chega! Calem-se com essas merdas e aproveitem o talvez pouco tempo que temos. Demonstrem agora que estão arrependidos de não ter dado mais atenção, de não ter feito nada mais cedo. Mostrem agora que se importam e que amam. Com palavras e actos. E não com psicologisses da treta. E se não estão interessados deixem ao menos fazê-lo quem quer. Eu quero.


I miss you so. O nome da música, I miss you so.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

?

What do you do when you find that you're not the person you want to be?



(You change.)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Akrasia.

Descobri a palavra que me define: akrasia. (the state of acting against one's better judgement)

sábado, 22 de agosto de 2009

A vida não é mais do que uma sequência de sonhos e desilusões.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

_

A felicidade dá-se-nos em partes. Hoje sou feliz porque o tenho a meu lado. Ontem fui feliz porque olhava o mar. Amanhã vou ser feliz por uma qualquer outra coisa. E é assim toda a vida. E é por isso que a felicidade plena não existe senão no leito da morte. Que é quando menos nos apetece sorrir.



É incrível como aquilo que escrevi há tanto tempo continua a fazer sentido.

domingo, 16 de agosto de 2009


Um dia vou levantar voo.
As people, we all take the time to figure out what our hearts need.

Boy Meets Love

domingo, 9 de agosto de 2009

um dia,

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Acho que ando com falta de filosofia barata.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Os lugares são os mesmos de sempre. Aqueles em que fui feliz ou quase-feliz durante tantos anos. Mas já nenhum deles faz sentido. Tudo me faz lembrar o que foi e já não é. O que fui e já não sou. O que deveria ter sido. E aquilo em que me tornei. Está tudo diferente. Digo a mim mesma (e aos outros) que diferente não é mau. Mas não tenho a certeza disso.

E hoje estive contigo. Não me chamaste miúda. Não me chamaste gorda. Perguntaste, isso sim, se já estava casada. Ao menos isso, alguns hábitos mantêm-se. Não te perguntei quando fugíamos. Sei que responderias 'já'. E sei que isso ia ser igual. E sei que nesse momento ia querer voltar contigo ao 'nosso' campo. Que ia querer voltar a ler pela primeira vez a carta que mudou a minha vida. Que ia querer voltar a chorar pela primeira vez no teu ombro. Mas não posso querer isso. Tenho de querer crescer. Ou aceitar que cresci.

terça-feira, 21 de julho de 2009

It's the 'what if?' that I can't forget.

Oh no.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip...


(silêncio)

quinta-feira, 9 de julho de 2009



C'est le temps que tu as perdu pour ta rose qui fait ta rose si importante.

(Le Petit Prince)

sábado, 27 de junho de 2009

Eu (às 4:02): Olá... Estás acordado?
R.: Agora sim, o que se passa?
Eu: Oh. Desculpa. Volta a dormir.
R.: Ai, não volto nada. Diz lá o que se passa.
Eu: Ontem disseram-me que era pessimista e só ouvia músicas deprimentes...
R.: E não é verdade, miúda?
Eu: Não! Eu só ouço músicas deprimentes porque me ajudam a pensar!
R.: E queres pensar para quê?
Eu: Para decidir o que fazer da vida...
R.: Inês, tu estás onde queres. És quem sempre quiseste ser. Estás a viver o teu sonho! Sim, pode não ser exactamente como achavas, mas é o teu sonho. Aproveita-o! Não desperdices tempo a pensar na vida. Vive-a, miúda! ;)


Porque as pessoas com quem podes falar às 4 da manhã é que contam

(e porque gosto de continuar a ser a miúda)

terça-feira, 23 de junho de 2009

*birra*

São 7 :30 e estou a fazer exercícios de Bioestatística. Ontem fui-me deitar às 4am e às 5:30 ainda não tinha adormecido. Depois sonhei contigo. Estou chateada.


*birra*

Orientação

Acho que tenho a minha bússola avariada. Anda a servir os outros em vez de me servir a mim.

(Raios partam isto tudo.)

domingo, 21 de junho de 2009

.

Passeias pela praia. Tentas-te descobrir no meio dos outros. Sempre o fizeste. Procuras a praia de cada vez que precisas de te perceber. O mar ajuda-te a pensar: entras de uma vez só na água, deixas que esta te congele o cérebro na esperança vã de que ao voltar tudo seja claro para ti. Não é. No entanto o sal nos lábios, o cabelo molhado, frio, sobre a pele que o sol vai aquecendo e as conchas e pedras que pisas pelo caminho fazem-te sentir viva. Sempre fizeram. E às vezes é só isso que faz falta. Não hoje. Hoje tens uma decisão para tomar. E queres tomá-la racionalmente.

Algumas coisas sempre foram sagradas para ti. A amizade. O respeito. A lealdade. Sempre as implementaste na tua vida e sempre te guiaste com base nelas. Deixaste escapar algumas (boas) oportunidades por poderes pôr em causa os valores em que acreditavas. Acreditas. (Utiliza no mínimo o tempo correcto enquanto a decisão não estiver tomada!) Deixaste muitas oportunidades escapar por entre os dedos por poderes magoar amigos. Arrependes-te de algumas decisões. Não da maior parte, mas de algumas. Sabes que algumas coisas podiam ter sido muito diferentes, que podia ter sido muito mais fácil. Mas estás aqui. Sobreviveste a tudo e continuas aqui. E se és quem és é porque viveste o que viveste. (E quem és, afinal?)

Sempre defendeste o "lutar até ao fim". Sempre o aconselhaste àqueles que procuravam nos momentos de indecisão e àqueles que não te procurando, te encontravam. Nunca foste de o aplicar. Não no que ao coração diz respeito, de qualquer modo. Deixaste-te viver à deriva durante alguns anos, sem procurar nada de específico e encontrando muito pouco. Não acreditas no amor à primeira vista. Fascínio, sim. Há pessoas que consideraste fascinantes logo na primeira vez que as viste. No entanto, passado pouco tempo o fascínio vai-se desmoronando ao perceberes que não são quem idealizaste. Achas que o amor, tal como a amizade, é algo que se constrói. E é assim que vives. Foi assim que os teus amigos passaram a sê-lo. Os novos, os antigos, todos. Nunca sabes dizer ao certo quando é que começou, mas sabes que foi com o tempo. E é também com o tempo que eles se perdem. Nunca perdeste um amigo dum momento para o outro. Excepto aqueles que a morte levou. Todos os outros foi por terem crescido em direcções opostas, por a vida, destino, o que quer que lhe queiras chamar, ter a isso 'obrigado'. Por isso tudo isto é novo para ti. Não sabes o que hás de fazer. Sabes que a tua decisão vai condicionar a tua relação com algumas das pessoas que te são mais próximas. Por isso queres pensar bem nisso. Pensar bem naquilo que consideras mais importante. Pensar se vale a pena pôr em causa os valores em que acreditas. Amizade, Respeito, Lealdade.

Nunca deste muito valor ao amor. Não é ao amor, é a relações. Achas ridícula a necessidade de viver dependente de outra pessoa, de fazer a vida totalmente a dois, de andar sempre agarrado a alguém. Gostas de independência e de não ter de dar grandes satisfações a ninguém. Por isso valorizas muito mais a amizade. Gostas de viver em grupo. Não há nada que te dê mais prazer do que uma boa gargalhada em grupo. E não tens de dizer nada a ninguém se assim o entenderes. E no entanto, neste momento, anseias por uma. Mais uma razão para não saberes o que fazer. Isto não é uma paixão platónica. Não. O que queres é uma relação. Uma mensagem a dizer bom dia. Uma mensagem a dizer boa noite. Aquilo de que te rias é aquilo que agora queres. Uma relação. Algo que seja real.
Um dia disseste, sem perceber bem o que dizias, que o que separa a amizade do amor é uma linha muito ténue. Pisaste a linha. Trespassaste-a de braços levantados, como se fosses ganhar algum troféu. Ferrugem. Ferrugem, é o que o teu troféu tem. E o seu cheiro entra-te pelas narinas, faz-te pensar na pessoa em que te tornaste. Ferrugem. E no entanto segues em frente. Afastas-te cada vez mais da linha que trespassaste, condicionando com o teu percurso outras linhas. E pensas se será a decisão certa. Não sabes. Continuas sem saber o que fazer, continuas a não querer decidir nada, continuas a querer esconder-te debaixo da cama até tudo passar. Por fim decides-te. Vais deixar o mundo passar. Vais deixar que ele decida por ti, vais deixar que seja ele e o tempo, o destino, a vida, o que quer que seja, a decidir por ti. Depois logo se vê. O resto, logo se vê. Sabes o que sentes, o que de si não é mau. Agora é esperar.
Enrolas-te na toalha, proteges-te do vento que se levantou sem dares por isso. De chinelos na mão percorres a praia até casa. Não estás feliz. Não estás satisfeita com a tua decisão. Mas ela vai ter de servir. Por agora.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Isto não é bom.

(E se por uma vez na vida eu quiser ser egocêntrica?)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Migração

Há uns tempos li (ou será que ainda foi no tempo em que via televisão?) um artigo sobre a alteração das rotas de migração dos pássaros. Ao que parece, e com as alterações meteorológicas que se têm feito sentir nos últimos anos, os pássaros andam meios 'despassarados' no que diz respeito ao percurso que têm de fazer para evitar o frio mas já se vão adaptando.

É assim que eu me sinto. Estou num ambiente que não é o meu, o aquecimento global começa-se a fazer notar e tenho de antecipar a minha partida de modo a garantir a sobrevivência (quanto mais não seja das capacidades mentais).


A sério, acho que não sou normal.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Sempre trabalhei para obter resultados. Não sou nem nunca fui uma pessoa que 'absorva' conhecimento ou tenha talento nato para algo. Não. Tudo o que obtive na vida foi suado. Foi resultado do meu trabalho. E os resultados (quase) sempre chegaram. Em algumas alturas pensei desistir por não ver resultados imediatos (e trabalhar em vão custa!), mas nunca o fiz. Sou pessoa de lutar até ao fim, seja pelo que for. Não sou pessoa de desistir.

Porém, às vezes esqueço-me disso. Esqueço-me que, não importa o que dizem, não desisto; que quando quero algo consigo-o não à custa do suor dos outros mas à custa do meu próprio suor. E desta vez suei, oh se suei. Por isso vou conseguir.

Tenho dito.

sábado, 13 de junho de 2009

Invado um espaço que é teu. Faço-o para tentar compreender quem és, tentar perceber o que pensas e porque o pensas. Consigo imaginar-te aqui. Consigo ver-te ali sentado, a olhar o nada. Ou o infinito. (E não são eles a mesma coisa?) Consigo perceber o teu cheiro. Aquele cheiro que não é de perfume nenhum em particular, apenas o cheiro a lavado, o cheiro a banho acabado de tomar e barba acabada de fazer. Consigo ver-te mas não consigo entrar em ti. És demasiado complexo. Queria conseguir perceber-te para saber o que dizer quando subitamente paras e ficas a olhar o nada. Ou o infinito. O que vês, nessas altura? O passado? O futuro?

Passaste por muito, creio. Não falas sobre isso, nunca falas sobre isso. Fechaste as más recordações com sete chaves num armário. Pensas que assim é melhor. Mas volta e meia elas assombram-te. Saem do armário sem se saber como ou porquê e transformam-te. Deixas de ser tu. Posso-te ajudar? Dá-me as chaves desse armário escondido no fundo de ti. Dá-me as chaves e deixa-me olhar para o que guardas ao fim de todos estes anos. Vamos falar sobre as coisas. (Como odeias a palavra 'coisa'...) Vamos mostrar aos fantasmas que não tens medo deles. Deixa-me agarrar-te a mão enquanto mostras quão forte és (Porque és!) e queimas esse armário maldito. Não são as más recordações que deves guardar, amigo, mas as boas. Aquelas que te fazem mostrar o teu sorriso, aquele contagiante.

Uma criança ri, descontroladamente. Serás tu, vindo do passado, a rir para me mostrar que não foi tudo mau? Gostava de conhecer o 'tu' pequenino. O pirralho reguila que fazia birra no meio da rua e sonhava com o metro no fim do mundo. Por vezes mostras um bocadinho dele. Uma gargalhada mais pronunciada, um olhar mais atrevido. O tu pequenino. Nessas alturas o mundo pára. Pára para seres feliz durante mais um pedaço, pára para que vejas que nem tudo é mau. Para veres que o mundo não é preto e branco e tu não tens de estar encostado à parede com ar de desilusão. Deixa-me dar-te a mão e ajudar-te a levantar. Deixa-me ajudar-te a ser feliz.

quinta-feira, 11 de junho de 2009


"E não me perguntes nada.
Eu não sei dizer."

Silence4

A verdade é que não sei o que isto é. Preciso de sentir que estou viva. Que não deixei de existir há nove meses. E por isso não percebo se isto é fruto dessa necessidade ou se é algo mais. Tento perceber o que me vai na cabeça, mas não passa de uma mistura de factos e conhecimento que nunca me vai servir de nada. Não consigo perceber os sentimentos. Sei que lá estão mas não sei o que são. Quero saber o que sinto, quero voltar a conhecer-me, a saber quem sou, porra! Quero saber quem és, saber se sou diferente quando estou contigo. Se sou melhor. Quero saber. Saber algo que não Anatomia, Histologia, Fisiologia, Biologia e todas as outras 'ias' que sou obrigada a compreender.

(Quero saber como varia o meu ritmo cardíaco quando me abraças...)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Apetece-me esconder debaixo da cama como fazia quando tinha 5 anos e trovejava.

domingo, 7 de junho de 2009

The state of your life



"A vida não passa de um mero equilíbrio entre o óptimo e o horrível. (...) quando se desce pica-se num prego que nos faz subir até lá cima, bem acima. Quanto mais forte é a picada, mais forte é a força com que subimos."

Pedro Santos, Inside the Clocks

sábado, 6 de junho de 2009

(Re)Começo.

Um ano e quase 9 meses depois encontro um novo espacinho para mim neste pequeno grande mundo. Porque regresso? Na verdade não sei. Talvez por ter, no último mês, conhecido meia dúzia de blogs extraordinários. Ou por estar outra vez a precisar de perceber quem sou. Ou pura e simplesmente porque sim. Pensei recomeçar o Dreaming in Sepia, mas a verdade é que, apesar de não saber muito bem quem sou, sei que não sou a mesma pessoa que escreveu aquele blog durante 2 anos. Recomeço, por isso, aqui, neste novo cantinho.

Até breve.