Recuperas do fundo do baú o sorriso de plástico que tinhas guardado há anos.
Assenta-te que nem uma luva.

A vida é dificultada até ao extremo. Até àquele extremo em que me sento com a cabeça apoiada nas palmas das mãos e grito por dentro até não poder mais. Chamo por ti e não me ouves. Preciso que me digas que tudo isto vale a pena. Que estamos aqui por alguma razão e que um dia vou ser quem quero ser. Ou que estejas calado e me deixes simplesmente apoiar a cabeça no teu ombro e chorar.

Se de algum modo também precisas de mim, por favor, vem ter comigo. Deixa-me sentir o abraço que nunca te dei e ouvir dos teus lábios que vai ficar tudo bem.

A vida não pára para nos ver partir.

Por vezes apetece-me mandar a vida à merda, virar as costas e ir embora. Se ao menos isso não fosse desistir...




(foto by Pedro Santos, o fotógrafo do momento)

Tempo

Há já algum tempo que ando a dizer que o Tempo logo dirá.

Honestamente começo a pensar que talvez seja mudo.

Sabes duma coisa, devias arriscar mais.

(Foram aqueles que arriscaram tudo que perderam tudo. Quem joga pelo seguro pouco tem a perder.)

Senti(dos):

Visão. Audição. Olfacto. Tacto.

"There’s a point in life when you get tired of chasing everyone and trying to fix everything, but it’s not giving up. It’s realizing that you don’t need certain people and their crap"

reblogged via
Hopelessly Lovedrunk.

Pontes vs. Muros

Criticam-se muitas vezes as pessoas que construem muros à sua volta em vez de pontes. Hoje sinto-me feliz por ter apenas construído um muro e lançado uma escada de corda. A escada recolhe-se facilmente e o muro sempre serve de suporte. Se fosse uma ponte talvez tivesse de usar dinamite. E o risco de ruir seria muito maior.